quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Luto - vivência e processo


O luto é uma vivência que ocorre após alguma perda, seja de alguém, como por morte, separação, viagem, seja de algo, como de um emprego. É uma vivência única, singular, extremamente pessoal e incomparável. É ainda um processo, que tem várias fases, desde a negação, revolta, até a aceitação ou conformação, podendo durar dias, semanas, meses e até anos.
Juntamente com o luto, é comum aparecerem sentimentos como tristeza, raiva, culpa, revolta, pena, ansiedade, solidão, sensação de desamparo, além de sintomas físicos, como dores, cansaço, falta de ar, entre outros.
O luto é uma vivência esperada e normal após a perda, e só é entendido como patológico após uma avaliação psicológica ou psiquiátrica, tendo como base a gravidade, a intensidade e o tempo deste processo.
Ainda que cada pessoa reaja ao luto da forma que consegue naquele momento (choro, desespero, isolamento, silêncio, etc.), sabe-se o quão importante é para a sua superação vivenciar o luto, chorar pela pessoa amada, conversar com pessoas próximas e/ou com familiares sobre seus sentimentos.
É comum ocorrerem regressões ou recaídas, principalmente em datas importantes, como aniversários, Natal, Ano Novo, Dia das Mães, dos Pais ou das Crianças. Para aquelas pessoas que já aceitaram ou estão em processo de aceitação, são momentos difíceis, tristes, de muitas lembranças e saudades. Para as pessoas que não elaboraram, estas datas são muito complicadas, podendo a pessoa reviver os mesmos sentimentos quando da perda, até em mesma intensidade, dificultando a elaboração do luto.
Independente do tipo de perda ou da reação e do processo de cada pessoa, é fundamental o apoio e a união da família e de amigos, como também de uma crença religiosa, para que se possa passar mais fortalecido por esta experiência tão dolorosa. Sabe-se que em alguns núcleos familiares, a perda pode gerar mais conflitos e separações, enfraquecendo emocionalmente os seus membros, tornando ainda mais delicada esta situação. Além da família e dos amigos, a psicoterapia pode ser também um importante suporte para a pessoa enlutada. 
Por Vanessa Marzullo 

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